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ou seja, se uma galáxia tem o dobro da velocidade da outra, ela tende a ser 16 vezes mais luminosa.
R. Brent Tully e J. Richard Fisher encontraram uma relação similar para as espirais: galáxias mais luminosas têm, em média, maiores velocidades de rotação, significando que são mais massivas. A velocidade de rotação cresce com a luminosidade numa proporção
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A proporcionalidade entre a luminosidade e a velocidade na quarta potência é chamada relação de Faber-Jackson, no caso das elípticas, e relação de Tully-Fisher, no caso das espirais. Como a velocidade de rotação das espirais pode ser obtida de maneira relativamente fácil através de observações em 21 cm, a relação de Tully-Fisher pode ser usada para estimar as distâncias de galáxias espirais remotas. Primeiro, calibra-se a relação usando-se galáxias espirais próximas o suficiente para se medir suas distâncias usando Cefeidas variáveis. Depois mede-se a velocidade de rotação da galáxia distante através da linha em 21 cm, e usa-se a relação L ∝ v4 para inferir sua luminosidade. Comparando-se a luminosidade com a magnitude aparente da galáxia obtém-se sua distância.
A luminosidade de uma galáxia proporciona informações sobre a quantidade e tipo de estrelas nela presentes. A luminosidade total se refere ao fluxo integrado de toda a galáxia, e é muito difícil de medir com precisão, pois as bordas das galáxias não são bem definidas, e se fundem com o brilho do céu. Em geral se mede o fluxo integrado dentro de uma área estabelecida, que pode ser um círculo de determinado raio, ou uma determinada isofota (curvas de brilho superficial constante). Se a isofota for suficientemente fraca, a magnitude integrada assim obtida se aproxima bastante da magnitude total, e se a distância da galáxia for conhecida pode-se estimar sua magnitude total absoluta. Tipicamente, galáxias elípticas têm magnitudes totais absolutas, na banda V, -10 M -22, espirais e lenticulares têm -15 M -22, e irregulares têm -12 M -18.
O brilho superficial é o fluxo por unidade de área que sai da galáxia. Na Terra, o medimos como fluxo por unidade de ângulo sólido que chega ao observador. Geralmente é representado pela letra I, e a magnitude superficial correspondente (mag/2) pela letra :
O brilho superficial tem as mesmas dimensões de intensidade específica, e portanto não varia com a distância: o fluxo por unidade de área que sai da galáxia é igual ao fluxo por unidade de ângulo sólido que chega à Terra, independentemente da distância, pois se o fluxo diminui com o inverso do quadrado da distância, o ângulo sólido diminui seguindo a mesma lei, de maneira que a razão entre eles permanece constante. A distribuição de brilho superficial dá informações importante sobre a estrutura interna da galáxia.
A distribuição de brilho superficial mostra como varia o fluxo por unidade de área ao longo da galáxia. Geralmente ele é medido em uma determinada banda fotométrica (B, V, R, etc). Os perfis radiais mostram como o brilho superficial e varia desde o centro até as bordas, e sua forma depende do tipo de galáxia.
As galáxias elípticas têm isofotas com formas de elipses as quais se tornam muito próximas entre si à medida que se aproximam do centro, refletindo a concentração da luz nessa direção.
Os perfis radiais geralmente podem ser descritos, pela lei de de Vaucouleurs, proposta em 1948 por Gerard de Vaucouleurs (1918-1995):
Na expressão acima, que também é chamada lei , re é o raio efetivo, que contém metade da luminosidade total da galáxia, e é o brilho superficial isofota efetiva, correspondente ao raio re. Com essa definição, brilho superficial central é .
As galáxias elípticas não seguem a lei em todo o perfil; elas geralmente apresentam desvios dessa lei nas regiões bem centrais (núcleos), e nas regiões bem externas. Nos núcleos o desvio é no sentido de que o brilho superficial cresce em direção ao centro mais lentamente do que a lei (fica mais fraco), e nas regiões externas ele decresce para fora mais lentamente (fica mais brilhante).
As galáxias espirais apresentam duas componente, o bojo e o disco, com distribuições de brilho superficial diferentes. Os bojos são muito parecidos com galáxias elípticas, e seus perfis radiais geralmente têm a forma como essas galáxias.
Os discos geralmente têm um perfil radial exponencial:
onde é o brilho superficial central extrapolado, e é a escala de distância, que significa a distância entre o centro e o ponto do disco onde o brilho decai por um fator de . Quanto maior for a escala de distância, mais lentamente decai o brilho.
Para a maioria das galáxias próximas, 1 kpc 10 kpc, e 21,72. A constância do brilho superficial central é conhecida como "lei de Freeman" (Kennet Freeman), mas não não se mantém para galáxias com baixo brilho superficial, que têm .