Quando um elétron atômico está em um campo magnético, o Hamiltoniano tem termos adicionais
O primeiro termo no Hamiltoniano produz tripletos de Lorentz (, com uma separação da ordem de 10Å/MG em 4500Åe 20,115Å/MG em H. Para campos acima de 10MG o efeito quadrático precisa ser levado em conta, e o termo linear pode ser comparado com o quadrático
Para átomos com linhas singletos (S=0), um campo magnético fraco separa cada nível em 2J+1 níveis igualmente espaçados, onde J é o momento angular total (ml+ms). De acordo as observações do físico holandês Pieter Zeeman (1865-1943) (1897, "The Effect of Magnetisation on the Nature of Light Emitted by a Substance", Nature, 55, 347) e a explicação teórica de seu professor Hendrik Antoon Lorentz (1853-1928) (1897), os níveis de energia são dados por
As regras de seleção para as transições permitidas entre os diferentes níveis são , e um nível com k=0 não pode se combinar com outro nível de k=0. Como o espaçamento é igual para todos os componentes, cada nível de um singleto se separa em tres componentes, a componente com a mesma freqüência inicial, e as duas componentes deslocadas pela freqüência de Larmor. A componente é plano polarizada no plano contendo a linha de visada e o vetor do campo magnético. As duas componentes são polarizadas elípticamente. Nas observações na direção do campo magnético, a componente central não é detectada e as duas componentes serão circularmente polarizadas em direções opostas de rotação, com a de mais baixa freqüência sendo a com rotação horária). Na direção perpendicular ao campo, as três componentes são visíveis, mas a central mostra polarização linear paralela ao campo e as outras duas mostram polarização linear perpendicular ao campo.
A intensidade observada dependerá da intensidade que seria produzida se não houvesse campo magnético, da inclinação do vetor campo magnético com a linha de visada, e das características de polarização do detector. O americano Frederick Hanley Seares (1873-1964) calculou as intensidades dos feixes com polarização circular (1913, Astrophysical Journal, 38, 99). Os campos magnéticos no Sol têm de um a centenas de gauss [Horace Wellcome Babcock (1912-2003) e Harold Delos Babcock (1882-1968), 1955, Astrophysical Journal, 121, 349] e o meio interestelar de G.
De acordo com George W. Preston (1970, Astrophysical Journal, 160, L143):
Quando o campo é fraco e o spin é diferente de zero, ocorre o efeito Zeeman anômalo, por acoplamento spin-órbita, com os níveis de energia calculados por Thomas Preston (1860-1900) ['Radiation phenomena in a strong magnetic Magnetic Field', Proceedings Royal Society, 63 (1898)] e Alfred Landé (1888-1976) em 1920 e 1923, como
O número de componentes depende de J, L e S dos níveis superiores e inferiores. As observações perpendiculares ao campo mostram a componente linearmente polarizada paralela ao campo e as componentes linearmente polarizadas perpendicular ao campo, enquanto que as observações paralelas ao campo mostram somente as componentes , circularmente polarizadas.
O termo quadrático do deslocamento Zeeman para o hidrogênio (F.A. Jenkins & E. Segré 1939, Physical Review, 55, 52) será da ordem de
Para as linhas de Balmer do hidrogênio, o deslocamento do centróide da componente () é o dobro daquela da componente (). O deslocamento quadrático da centróide será
De acordo com Anders Blom enquanto no sistema não perturbado os números quânticos são n, , e , de spin, com os estados degenerados em e , na presença de um campo magnético externo os e não são mais bons números quânticos, mas sim sua soma, . Desta forma, para , e , teremos quatro estados, com m=± 3/2 e ± 1/2.
Para um átomo hidrogênico,
As regras de seleção são